TEOLOGIA DO
Modismo para desvirtuar e
corromper a igreja
O risco de permitir ensinamentos
que substituem a pregação do Evangelho.
A Igreja tem um papel
insubstituível neste mundo, que é o de anunciar o Evangelho e edificar os
santos. Mas constantemente modismos e ondas adentram as portas dos templos,
corroborando para a desvirtuação dos ensinamentos eclesiásticos e desviando os
cristãos do cristianismo bíblico, daquilo que à Escritura apresenta como
verdade insubstituível.
Um exemplo destes modismos, é a
famigerada “Teologia da Prosperidade”, que popularizou-se nas mais diversas
denominações, manchando a reputação até mesmo de igrejas tradicionais, que em
muitos casos se deixaram seduzir pelos falsos ensinamentos de riquezas terrenas
e barganha com Deus.
Mas algo novo surge por aí e vem
se popularizando cada vez mais, tomando os púlpitos em um ritmo acelerado e
sendo aceito por todo o tipo de liderança. Falo desta onda da “Teologia do
Coaching”, que visa substituir a pregação do Evangelho, das sãs doutrinas de
Cristo, por palestras de orientação profissional, motivacional e de auto-ajuda.
Reitero que nada tenho contra
coaching ou contra qualquer tipo de orientação, profissional ou motivacional,
ainda que tenha algum receio com auto-ajuda – o que não vem ao caso neste
artigo. Minha real preocupação é com o uso dos púlpitos, que deveriam servir
unicamente para a pregação da Palavra, sendo tomados pela valorização deste
tipo de palestra que enaltece competências e habilidades humanas.
Faz-se necessário uma crítica
sincera a este modismo. A Igreja jamais deve aceitar a substituição do ensino
da Bíblia por qualquer outra coisa. Sei que para muitos isso é ser saudosista,
mas para mim trata-se apenas de valorizar a Palavra e o Santo Evangelho. Como
disse Lutero: “Minha consciência é escrava da Palavra de Deus”.
É evidente que, como já disse, a
Igreja tem o papel de edificação, e isso pode incluir o desenvolvimento
pessoal, profissional e social. No entanto, existe lugar e espaço para uso de
ferramentas de coaching. Utilizá-las nos cultos, abandonando as mensagens
evangelísticas e doutrinárias de seus pastores, no entanto, é o mesmo que
substituir a Palavra de Deus.
Pregadores que abandonaram os
honrosos títulos eclesiásticos, adotando agora o “coach” e “master coach” como
forma de competência para utilizar os púlpitos, com o objetivo de falar de
temáticas que nada tem com o cristianismo, são no mínimo neófitos. Para nós,
evangélicos, isso representa o abandono da fé.
A Igreja não deve se reunir em
seus templos para ouvir palestras de orientação profissional, auto-ajuda ou
motivação, mas sim pastores e profetas que tenham a Palavra revelada por Deus.
Muitas vezes pessoas repetindo textos de livros de auto-ajuda e recitando
frases sem citar o autor tomam os púlpitos com o objetivo de vender a imagem de
vencedor para promover o comércio de produtos.
A Palavra de Deus adverte: “Mas,
ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que
já vos tenho anunciado, seja anátema” (Gálatas 1:8). O que Paulo está
afirmando, é que nada pode substituir os ensinamentos da Palavra de Deus.
Se já não bastasse a série de
heresias que temos de enfrentar, ainda precisamos explicar sobre a importância
de manter nossos púlpitos focados na Palavra. Todo o nosso esforço pastoral em
conduzir aqueles sob nossa responsabilidade através de uma pregação genuína,
hoje vem sendo confrontado com técnicas mirabolantes e milagrosas de auto-afirmação.
O pastor da igreja, o anjo que
guia o rebanho de Cristo, ele é a autoridade máxima e o maior pregador em
nossos púlpitos. Tratando das questões espirituais, nenhum conhecimento
acadêmico pode preparar alguém para a excelência do santo ministério. Tão pouco
quando esse conhecimento tem a pretensão de substituir a Palavra de Deus.
Que a Igreja possa lembrar-se
disso, e os líderes venham a se conscientizar de que a “Teologia do Coching” é
apenas um modismo que pouca coisa acrescenta para o crescimento espiritual dos
santos. Deus possa nos conduzir através de um caminho de santidade e referência
a Sua Palavra.
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